segunda-feira, 16 de julho de 2007

O clássico caso do “iPod's Dirty Secret”

Em setembro de 2003, a bateria do iPod de um jovem americano chamado Casey Neistat estava com um problema. Durava apenas uma hora de uso. Então, ele foi até uma loja da Apple no bairro do Soho em Nova York, onde recebeu a informação de que não havia conserto e nem era possível comprar uma bateria nova. A única solução era comprar um novo iPod. Não satisfeito, ele ligou para o 0800 da Apple e obteve a mesma resposta. Resolveu, então, mandar seu iPod para a empresa com uma cartinha aos cuidados de Steve Jobs. Dias depois, recebeu um telefonema da Apple com o mesmo discurso. Infelizmente a Apple não consertava e nem substituía baterias. Era preciso comprar um iPod novo.

Indignado, ele e seu irmão criaram uma página na Internet e produziram um filme chamado iPod's Dirty Secret (algo como O Segredo Sujo do iPod). Veja abaixo.




No boca a boca digital o site teve milhões de acessos. O caso teve, também, repercussão na mídia. Em pouco tempo estava todo mundo comentado. Dias após a repercussão do filme, a Apple mudou sua política de troca de baterias. Começou a vender baterias novas para substituir as danificadas e criou uma espécie de seguro, pago, para elas. Na época a empresa negou que tenha feito isso por causa dos irmãos. Coincidência ou não, foi uma vitória para os irmãos Neistat e para os milhões de donos de iPods. Um dia os livros ainda vão citar esse caso como um exemplo, emblemático, de um momento em que o consumidor começava a ganhar poder. É o poder do consumidor na era digital. E isso é só começo. Anotem aí.

Hoje, o site dos irmãos Neistat(http://www.ipodsdirtysecret.com/) reconhece a nova política de venda e reparo das baterias da Apple. “We acknowledge Apple's new battery replacement policy. Our movie is a documentation of our experience.”

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