domingo, 19 de agosto de 2007

Publicidade no celular. Vai acontecer no Brasil?

Publicidade no celular. Vai acontecer no Brasil?


A grande questão que pretendemos abordar não é somente se a publicidade no celular vai acontecer ou não, mas avançar um pouco mais sobre o modelo ideal de publicidade e quais riscos e possibilidades as empresas vão encontrar neste modelo.
A discussão que está tomando os bastidores dos grandes anunciantes e das principais agências de marketing no Brasil é mais um round na luta em busca da atenção do consumidor.
Cansadas das ações comuns, pessoas expostas a uma avalanche de publicidade estática e de massa estão dispostas a conhecer novas formas de comunicação das suas marcas preferidas. Esta disposição aparece nas pesquisas feitas principalmente nos países onde a publicidade em celulares está num estágio bem mais avançado do que por aqui.
A infinidade de oportunidades que possibilitam estas ações mostram um cenário altamente positivo para a comunicação das empresas com seus consumidores. Informação e conteúdo vão impactar os consumidores muito mais do que simples propaganda direta. É a evolução do marketing, já muito bem utilizado no ambiente da web, agora com enormes possibilidades na comunicação por celular.
Receber no telefone pessoal informações sobre shows, peças de teatro, notícias do time de futebol preferido, da cotação do dólar, ações etc. vai gerar no consumidor um impacto maior, pois agrega informação útil. E a marca que utilizar estas ações vai se perpetuar na mente dos seus consumidores de forma positiva.
Mas, e o mercado brasileiro? Qual o tamanho deste mercado?
Alguns números demonstram o potencial da publicidade no celular:
- 95 milhões de correntistas no Brasil- 100 milhões de celulares
- 27,3 milhões de usuários de internet banking, com um total de 5,8 bilhões de transações em 2005.
Estes números levam a crer que o uso do celular vai gerar um novo boom na publicidade brasileira.
Com uma base deste tamanho e com o conceito de mobilidade já bem desenvolvido, o que falta para a publicidade no celular explodir?
Existem vários fatores apontando para este caminho.
1. Esgotamento do modelo de publicidade atual - A poluição causada pelos outdoors nas grandes cidades é um exemplo de que este modelo de publicidade de massa esgotou-se.
2. Interatividade - A internet trouxe um novo conceito na comunicação com os consumidores. Antes o impacto era estático e de uma mão só; a empresa utilizava os veículos disponíveis para atingir o consumidor. Sem condições de medição em tempo real e sujeito a variações fora do controle do anunciante, este modelo mostra-se cada vez mais inviável.
3. Segmentação - A publicidade de massa está sendo substituída com muito mais eficiência pela segmentada, de alto impacto e efetividade, principalmente no novo público, o e-consumidor.
Apesar de todo este cenário extremamente favorável é importante ressaltar alguns fatores que podem inibir este crescimento, a começar pela utilização mensal do serviço. Apesar do tamanho da base de celulares instalada, o Brasil ocupa apenas a 44ª posição no ranking de uso de minutos, por país. Enquanto nos Estados Unidos o usuário utiliza em média 822 minutos por mês, no Brasil esse tempo é de apenas 70 minutos.
Na América Latina, somente o Peru ocupa uma posição pior que a do Brasil, com mída mensal de uso de 68 minutos. Argentina com 116 minutos, México com 115, Colômbia com 107 e Venezuela e Chile com 106 minutos de uso por mês (cada) mostram que estes mercados podem atrair um investimento maior em publicidade nos celulares, apesar da base instalada nestes países ser pequena em comparação com a do Brasil.
O segundo fator é o valor do serviço. Novamente tomamos por parâmetro os países do Mercosul. Enquanto no Brasil um envio de mensagem pelo celular (SMS marketing) custa em média R$ 0,30, na Argentina o valor por envio é de apenas R$ 0,09. O reflexo deste alto custo é o volume de mensagens enviadas nos dois países.
A Argentina, com pouco mais de 2,7 bilhões de textos por mês, ultrapassa e muito o volume de 750 milhões de mensagens enviadas no Brasil, apesar do tamanho da base instalada.
Mesmo assim, me atrevo a afirmar que o mercado brasileiro vai alcançar a liderança em publicidade no celular até 2010, pois nossa publicidade é muito criativa e os responsáveis pelas campanhas encontrarão novas formas de posicionar as marcas na mente dos consumidores.
Alguns exemplos de ações possíveis:
1. Avisos no celular- Você irá saber em primeira mão quando aquela roupa ou calçado que adorou ao visitar o site do fabricante chegar nas lojas.
- A música do seu cantor preferido irá tocar primeiro no seu celular. Se gostar, poderá comprar pelo próprio aparelho e depois baixar no seu dispositivo móvel para ouvir quantas vezes quiser, ou receber em casa um DVD personalizado.
2. Outras possibilidades- Ingressos de show, cinema, teatro, reservas em hotéis, restaurantes e até compra de passagem aérea no celular.
- Comprou algo pela internet ou numa loja de shopping? Seu celular vai receber um aviso quando o produto estiver chegando em sua casa.- Seu guru preferido lançou um novo artigo ou publicou um livro?
O telefone vai receber uma mensagem de texto, ou melhor ainda, de voz dele mesmo, dizendo para você baixar uma parte do material no celular.
Querem mais?
Não. Não vou falar da possibilidade de se comprar um refrigerante na máquina expressa e pagar com o celular. Isso já faz parte do passado.
A publicidade no celular vai vingar, sim. Será possível graças à mobilidade e à interatividade. E estas duas palavras mágicas só são encontradas no celular.

Paulo Roberto Kendzerski é Diretor de Marketing da WBI Brasil (Agência de Marketing e Comunicação Digital), Consultor em E-Business especializado em Projetos de Comércio Eletrônico, Prof. de E-commerce na FAPLAN (Faculdade do Planalto em Passo Fundo/RS), Especialista em WEB Marketing, Palestrante e autor do 1º livro sobre “WEB Marketing e Comunicação Digital” no Brasil.

Dicas para aumentar sua base de contatos

Dicas para aumentar sua base de contatos


A qualidade da lista de contatos é fundamental para alcançar bons resultados em campanhas de e-mail marketing. Quando a intenção é aumentar o número de cadastros, é necessário planejar a prospecção tendo como objetivo a obtenção de contatos que, de fato, se relacionem com seu produto ou serviço.
Só assim é possível formar bases sólidas e receptivas que mantenham o relacionamento vivo e tragam o retorno esperado nas ações de e-mail marketing ou em envios de newsletter.
Aparentemente, a locação de listas parece ser a forma mais simples para aumentar sua base de contatos. Quando uma lista é alugada, os perfis e interesses dos contatos são identificados para que a mensagem seja transmitida ao público certo. Porém, é necessário tomar alguns cuidados já que, apesar de terem os perfis adequados, essas pessoas podem não conhecer a sua empresa. Sendo assim, o risco de denegrir sua marca é grande.
Para auxiliar o seu entendimento e não correr esse risco, siga as dicas abaixo:
O Opt-in não é transferívelNão confunda interesse com permissão. Você deve conquistar a permissão do prospect para que ele se cadastre em sua lista de relacionamento, permitindo o recebimento de futuras mensagens.
Política de PrivacidadeNos envios com base locada, inclua uma nota deixando clara a origem da lista. Por exemplo: "Você está recebendo esta mensagem por estar cadastrado na lista da empresa X". Neste momento, você deve incluir um link para a política de privacidade da empresa que locou a base.
Alugue listas de empresas idôneas e peça informações sobre a origem das bases.
Conquiste o interesse do prospect
Diferencie o conteúdo da mensagem a ser enviada das que envia à sua lista de relacionamento. Neste momento, sua intenção é conquistar o prospect para que ele se torne parte da sua rede de relacionamentos. Elabore algo que chame a atenção. Ofereça algo mais para conquistá-lo e foque em diferenciais. Por exemplo: ofereça um benefício exclusivo que seja válido somente através desta mensagem, transformando-a em uma oportunidade única.
Para uma maior adesão, aproveite as muitas formas de personalizar uma mensagem e trate o prospect da forma mais individualizada possível.
Converta o interesse em cadastro
Lembre-se que os esforços de conquistar o cliente pela campanha de email não se limita apenas ao envio. Revise suas páginas de destino (landing page) e verifique se elas estão com os pontos para conversão de acordo com o objetivo de sua campanha. Os pontos para conversão são os links que levam o prospect ao formulário de cadastro.
Não se esqueça que, para ativar o cadastro do cliente em seu canal de relacionamento, você deve enviar um e-mail solicitando a confirmação do cadastro (double opt-in).
Existem ferramentas para marketing de relacionamento via e-mail que permitem a integração com o formulário de cadastro do website. Assim, o envio do e-mail com a solicitação de confirmação do cadastro é automático. Isso é excelente, pois registra o histórico do cliente desde sua primeira interação.
Mais idéias interessantes para o aumento da base:
Elabore campanhas virais;
Disponibilize o link "encaminhe a um amigo";
Faça parcerias com outros websites que tenham base de clientes com perfil de seu público-alvo;
Lembre-se dos outros canais de contato que as pessoas têm com sua empresa. Sempre peça os dados para cadastro;
Consiga cadastros através de eventos e promoções offline.

Como organizar uma campanha de e-mail marketing

Como organizar uma campanha de e-mail marketing

Um e-mail marketing é a "mala-direta" virtual. Ou seja, toda correspondência recebida via e-mail com o intuito de comunicar, informar, vender ou promover um produto ou serviço a diversas pessoas.
Tem baixo custo, atinge um grande número de pessoas em pouco tempo, pode se tornar viral (amigos encaminham para outros sucessivamente), é dirigida (encaminhada a usuários potenciais) e mensurável (você pode medir quantos cliques houveram, quantas falhas de envio, endereços inválidos, mensagens abertas etc).
Começar a trabalhar com e-mail marketing exige um certo planejamento: Falar sobre o quê? Enviar para quem? Como enviar? Como analisar o retorno? É interessante adotar as seguintes etapas em neste planejamento: decidir o tipo de e-mail marketing a ser enviado, decidir o público-alvo, compor a mensagem, selecionar os destinatários, testar e aprovar, enviar e, finalmente, medir.
1. Tipos de E-mail Marketing
Os tipos mais conhecidos de e-mail marketing são:
newsletter (boletim informativo periódico);
confirmações de pedidos, compras e inscrições;
agradecimento de compras, inscrições, presença, cadastro etc;
lembretes e congratulações;
convites;
captação de novos clientes;
pesquisas;
releases para imprensa;
respostas à dúvidas e solicitações ao SAC e Suporte Técnico;
promocionais e/ou comemorativos e sazonais.
Assim fica mais fácil classificar o tipo de e-mail que será trabalhado e, se você tem a intenção de utilizar mais de um tipo (recomendado), é interessante criar templates e deixar modelos-padrão já prontos para, quando precisar, apenas alterar informações mínimas e não começar do zero a cada novo e-mail enviado. Procure criar um "ambiente" para o e-mail: assinatura, logotipo do remetente, saudação, link para visualizar o e-mail na web (já que nem todas as aplicações de e-mail exibem o conteúdo corretamente) e mensagem de rodapé.
2. Decidir o público-alvo
Antes de começar a compor a mensagem, você deve identificar seu público-alvo. Não são os endereços individualmente, mas os perfis que você deseja atingir com a comunicação. Jovens, mulheres de 25 a 50 anos economicamente ativas, empresários, clientes de determinado serviço que sua empresa oferece etc, são exemplos de público-alvo definidos.
3. Compor a mensagem
Nesta etapa, você decide se vai trabalhar com texto ou com HTML. A opção de texto pode não chamar a atenção do usuário à primeira vista e também não permite diferentes realces em determinadas informações. O HTML supre estas necessidades, com a vantagem de poder utilizar imagens e gifs animados. Atente, porém, para o tamanho final do arquivo, para não sobrecarregar a caixa de entrada do usuário. Para compor a mensagem você também deverá levar em consideração o tipo de público definido anteriormente, já que cada perfil pode ser explorado de maneiras diferentes: textos formais, linguagem mais jovial, cores quentes, sóbrias etc.
4. Selecionar os destinatários
Agora sim, estamos falando dos endereços de e-mail individuais. Cuidado para não enviar uma mensagem que exibe, no cabeçalho, todos os endereços que a receberam. Além de antiestético, é antiético. Mas também um "undisclosed-recipient" se torna frio, distante e mecânico. Para quem usa Outlook, a melhor opção é incluir todos os destinatários no campo da cópia oculta e, no campo do remetente, colocar seu próprio endereço. Assim, o usuário que receber o e-mail vê apenas 2 endereços no campo destinatário: o dele mesmo e o seu.
Há quem diga que e-mail marketing não se faz com Outlook, mas essa não é a realidade das pequenas empresas de hoje. Utilizar uma ferramenta gerenciadora é a melhor alternativa em qualquer caso, mas as opções disponíveis não são gratuitas. Há quem cobre por mensagem enviada e há as soluções prontas, adquiridas como um software qualquer mediante pagamento de taxa única.
Ao escolher uma ferramenta de gerenciamento de e-mail marketing, verifique se ela oferece o recurso de envio de SMS marketing, de gerenciamento de listas de destinatário para melhor segmentação de seu público-alvo, de agendamento de tarefas e, claro, de acompanhamento e análise de retorno: quantos abriram o e-mail, quantos clicaram, quantos tiveram falha de envio, quais endereços falharam etc. Geralmente, esta análise é feita através de relatórios em tabelas e gráficos.
5. Testar e aprovar
Antes de enviar a todos os destinatários, envie para um endereço a que você tem acesso e faça todas as verificações possíveis: se o assunto foi preenchido e se é atraente à primeira vista, se há erros de digitação e/ou de gramática e concordância, se todas as URLs foram inseridas corretamente, se as imagens possuem atributos ALT (pouse o mouse sobre qualquer imagem para testar), se existe endereço disponível para o usuário enviar uma resposta e, no caso de utilizar um e-mail que não recebe respostas, verifique se consta um outro endereço para o usuário entrar em contato. E não esqueça um item importantíssimo: verifique se existe um link do tipo "Clique aqui se não deseja mais receber e-mails deste remetente". Todo e-mail marketing deve oferecer a opção de opt-out.
6. Enviar
Procure enviar seus e-mails marketing pela manhã para obter resultados imediatos ou ao final do dia para, no dia seguinte, começar a contabilizar os resultados. Claro que, dependendo de sua campanha, é interessante enviar em determinados outros horários e dias da semana. Se você estiver convidando os usuários para um evento no fim de semana, envie o e-mail com antecedência para que eles possam se programar e, próximo à data, envie apenas um lembrete.
Se você utilizar uma ferramenta de gerenciamento de e-mail marketing, pode definir uma data e horário para início do envio e uma data limite para verificação dos resultados.
Cada uma destas etapas pode ter suas sub-etapas, e o planejamento pode tornar-se um grande check-list. Analise suas necessidades e sua realidade e organize o melhor check-list possível para que nada seja esquecido. Quanto mais detalhes, mais chances de sucesso terá sua campanhar!
7. Medir
Claro, não basta apenas enviar: você precisa saber qual o sucesso de sua campanha de e-mail marketing. Só assim você consegue medir o retorno da campanha, analisar o que precisa ser melhorado e corrigido. Se você utiliza uma ferramenta específica para o envio de-mail marketing, muito provavelmente já tem como analisar as métricas de sua campanha: quantos abriram, quantos envios falharam, quais os links mais clicados etc.
Também é possível utilizar o Google Analytics (gratuito) para medir o desempenho de sua campanha. Se sua intenção é fazer com que o usuário clique num link de seu e-mail e visite uma página de seu site, é importante cadastrá-la como meta no Google Analytics, assim, você pode consultar quantas visitas esta página obteve no período de tempo que durou sua campanha, o tempo médio de duração das visitas, emitir relatórios e outros recursos oferecidos pela ferramenta.
Lembre-se: para qualquer projeto, planejamento é a alma do negócio! Sucesso em suas campanhas e até a próxima!