sexta-feira, 15 de junho de 2007

Mobilidade é estratégia

Por mais que os investidores do setor financeiro pareçam cautelosos, é firme sua intenção de investir em mobilidade dos serviços bancários. Conhecidos early-adopters de tecnologia da informação e soluções em telecom, os representantes do setor podem ter nesta anunciada cautela uma estratégia frente à concorrência.
A verdade é que todas as grandes instituições financeiras estão em adiantado processo de implantação de soluções móveis, a maioria baseada em GSM, já disponível, e algumas, mais inovadoras, em WiMAX, embora o licenciamento das freqüências no país ainda seja um problema. E é grande o interesse das operadoras e outros provedores de soluções móveis num setor que tem recursos mais do que suficientes para investir em tecnologia.
Na área de exposições do Ciab 2007, entre as 80 maiores fornecedoras de tecnologia do mundo, haverá um grande número de lançamentos de produtos e serviços para mobilidade. Entre estes, novidades de grandes fornecedores de soluções, como Microsoft, Cisco, Crivo, Bull, InfoServer, Stefanini, Eversystems, Recognition e GetNet Tecnologia. As operadoras OI e TIM, também marcam presença para anunciar parcerias adaptáveis à realidade financeira do país, como a parceria da Oi com a M-Pay.
Para o coordenador de mobilidade do congresso do Ciab Febraban, o consultor Maurício Ghetler, o Mobile Banking adotado no Brasil é comparável ao adotado nos países mais adiantados e tende a esvaziar as agências bancárias. "O Brasil pode se vangloriar de utilizar todas as tecnologias disponíveis na atualidade de mobilidade, de modo análogo à Europa e aos EUA; e o cliente tem respondido favoravelmente. O Banco do Brasil, por exemplo, tem estatísticas que comprovam ampla adoção que, só não são maiores, pela falta de um padrão global do sistema financeiro. Se muitos clientes deixaram de ir à agência graças ao Internet Banking, as novas tecnologias de Mobile Banking e Mobile Payment irão além, pois vão ampliar o pagamento eletrônico, tornando a ida ao banco ou ao ATM cada dia menos provável".
De acordo com as projeções do IDC para esse ano, os investimentos da área de finanças devem atingir US$ 3,4 bilhões, um crescimento acima de 12% em relação aos últimos períodos. O instituto Forrester do Brasil prevê que a mobilidade será o foco dos investimentos das instituições para 2007. Um estudo da instituição Time Has Come to Change Brazilian Bank Plataform confirma que o Mobile Banking é a única unanimidade. "Quando se discute o futuro, os maiores executivos de bancos no Brasil encontram um só tipo de motivação: mobilidade. E a mobilidade traz poucos requerimentos novos para a plataforma existente", afirma Edson Fregni, diretor da Forrester.

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